Dentro de mim, desacompanhado, avulso, em momentos um pouco raros me defronto com tudo o que foi massacrado por pudores. Fico cara a cara, sem medo, sem vergonha - ninguém está olhando agora. Os descubro, vasculho o corpo e a mente de cada um. Toco seus tecidos, suas cascas híbridas, eles são palpáveis. A presença dessas figuras não me incomoda, somos muito semelhantes, até me permito interagir. Eles produzem um assovio que me penetra inebriante e silencia os sons do universo, daí eu escuto apenas o que quero: a voz dos meus pecados.