quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Da noite passada.

Ai! Basta um silêncio mal resolvido na calada da noite e isso me arrebata novamente. Deixa tudo que se encontra entre a glote e os pés em estado borbulhante e a cabeça dolorida; na horizontal meu corpo despenca de um lado para outro em giros que preparam um salto olímpico para o caderno.
Nunca foi diferente e nem sempre posso sentir, ma a coisa acumula no peito em horas como esta, por motivos diversos, com requintes de crueldade para com meu descanso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

São os dias

Fiz dos dias uma passagem rápida e despercebida para hoje. Não soube de pronto onde ia dar ou quem retirou a peneira da janela.
Amanhã acordarei cansado, mais uma vez, para reconstruir as vidraças que estilhaçaram os olhos da moça. E se não for amanhã, me cansarei de esperar e na manhã seguinte faço eu mesmo.
Acordarei calado numa das camas do mundo e andarei delirante por caminhos de pedra, levando o que for meu e de quem mais precisar, seja lá quem for, dia a dentro.
Dormirei em terceira pessoa.