quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Janela





Olhar através da moldura
e ver um beijo guardado,
um sorriso ilumindo pelos lábios teus
que cruzam os meus.
Os olhos descansados,
guardados pelas pálpebras fechadas,
escondem os sentidos
mas os poros exalam as cores
iluminando o quarto escuro.
A luz apagada no leito do prazer.


Nada mais se move nessa janela.
Virou um retrato de um passado próximo distante
Bom em seu mau,
Feliz na dúvida
E duradouro em seu...enfim


Me acostumo com a ausência
Me lembrando dos pedaços pela casa
Não limparei os cacos.
Deixe-os aí!
Talvez a poeira se aloje,
Ofusque o brilho das cores
Mas talvez a luz nem entre pelas janelas
Mesmo assim eles estaram alí


Nada mais se move nessa janela fechada.
Um retrato de um passado distante
Bom em seu mau,
Feliz na dúvida
E eterno em seu tempo


E em todo tempo
Outro tempo virá.
Mas eles continuarão alí.








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